Lordosa é uma freguesia do concelho, comarca, distrito e diocese de Viseu, ocupa uma área de 23,26Km2 que é distribuída por 14 aldeias e que nelas habitam 1791 fregueses (2011) tendo uma densidade de 80 hab./Km2. A sede da Freguesia, dista 10Km a norte do concelho de Viseu, encontrando-se localizada na margem esquerda do Rio Vouga e está limitada a Norte pela freguesia de Calde, a sul pelo Rio Troço e pelas freguesias do Campo, Abraveses e de Mundão, a nascente pela freguesia de Cepões e a poente pelas freguesias de Ribafeita e de Bodiosa. Integrada no termo de Viseu, a antiga paróquia de “Lardosa”, como se escreveu no tempo das Inquisições do séc. XIII, seria um simples povoado nas proximidades de uma via romana que seguia de Viseu para o Porto, passando por Abraveses ao lado do Crasto, de Santa Luzia e Lordosa. A freguesia de Lordosa, designada em tempos por Villa da Lauridosa (topónimo), esteve envolvida e anexada até ao séc. XVI com a comunidade de Caldi (hoje freguesia de Calde, confinante com Lordosa na margem direita do rio Vouga). A cristianização chegou cedo, e desde logo se fizeram documentos, prova disso é a carta de aforamento que data de 1724. A dita carta consiste numa inquisição, para que fosse averiguado quanto se deveria pagar de foro ao senado da comarca da cidade e saber quantos maninhos e baldios existiam em cada povoação. O foro que o povo ou pessoa singular pagava respetivamente aos senhorios, à rainha ou à câmara da cidade chamava-se de Cavalo de Maio e variava de povoação para povoação. Como exemplo, a povoação de Casal Gozo pagava 200 reis, Folgosa 50 reis em Maio e 50 reis em Setembro. No ano de 1757 era considerada terra fértil, e o real padroado representa o vigário de 100.000 reis de rendimento. Nesta freguesia podemos encontrar uma mina de estanho, denominado Outeiro do Cabeço de São Gonçalo João e ainda uma aldeia denominada “aldeia do pintor” onde diz a lenda ter nascido o famoso pintor quinhentista Grão – Vasco. A Gastronomia em Lordosa é basicamente derivada dos produtos vindos da atividade agrícola e criação de gado. No menu destaca-se o feijão vermelho cozido com couves-galegas e carne de porco, o borrego e o cabrito assados no forno, a batata assada na padela com carne de ovelha ou vitela, a chanfana (carne de ovelha ou cabra confecionada em fornos de lenha dentro caçarolas de barro preto a que se dá o nome de padelas), o cozido à portuguesa, o chouriço cozido ou assado na brasa, a morcela cozida com batata e couve amarela, arroz de cabidela, peixe do rio Vouga em molho de escabeche com batata cozida, batatas a murro com bacalhau assado na brasa, sopa de feijão com couve-galega e canja de galinha, carolas, caldo de farinha, as papas, o pão de centeio e de trigo, a broa e a bola quente com sardinha, as carnes da salgadeira devidamente acompanhadas com o vinho verde da região ou o vinho do Dão, aguardente bagaceira como digestivo. Para a sobremesa temos o pão-de-ló ou pão leve, aletria, marmelada com queijo, biscoitos e mel. Da Freguesia faz parte a paróquia de São Pedro de Lordosa, sendo o padroeiro da Freguesia, e terá, ao que tudo indica, uma origem anterior à formação da própria Nacionalidade.