Pousa Maria
Povoação que confronta a nascente com Sanguinhedo de Maçãs, à qual se acede pela entrada de Bigas que parte da EN 2. A Norte situa-se o rio Vouga. (GPS 40º 45′ 12″ – 07º 53′ 47″; altitude de 515m). Em Pousa Maria podemos encontrar uma Via Romana com cerca de 260 metros, resultante da bifurcação de uma via que atravessa a atual freguesia do Campo, passando por Bigas, Calde, Almargem e seguindo para Castro Daire – percurso que faz parte dos caminhos de Santiago. Nesta aldeia existem Sepulturas Escavadas na Rocha (com planta ovalada e com bordo), situadas em Lameira do Vale (coordenadas GPS 40º 45′ 00″ – 07º 53′ 55″; altitude de 520m). No local de Carvalhos (coordenadas GPS 40º 44′ 52″ – 07º 53′ 54″; altitude de 510m) encontram-se outras duas sepulturas tendo uma delas forma antropomórfica e a outra cabeceira ovalada.
Sanguinhedo de Maçãs
Sanguinhedo de Maçãs é uma aldeia localizada num vale, a nascente da Freguesia. Confronta a Sul com a aldeia de Vilar, a Poente com Pousa Maria e a Norte com o Rio Vouga onde existe a ligação pedonal a Várzea de Calde (freguesia de Calde), através das famosas “Poldras” que atravessam o rio. Nesta povoação encontramos uma Mamoa, situada num lugar com o nome de Seixal (coordenadas GPS 40º 45′ 30″ – 07º 53′ 00″; altitude de 435m). Este monumento comprova a existência de um povoado nesta região já desde o tempo Megalítico. Em Sanguinhedo de Maças existe ainda um cruzeiro, que remonta ao ano de 1901, em granito e alusivo ao Nosso Senhor do Aflitos (coordenadas GPS 40º 45′ 18″ – 07º 52′ 45″). Destacamos um ilustre da terra, o Mestre Serafim Simões, de cuja obra fazem parte, designadamente, a Igreja da Póvoa de Calde e a escadaria suspensa do Seminário Maior de Viseu. São Gonçalo é o Padroeiro desta aldeia e comemora-se na respetiva capela no dia 10 de janeiro.
Vilar
A povoação de Vilar carateriza-se pelo seu povo humilde e pelos costumes ligados às atividades agrícolas. Vilar confronta a W com Vilarinhos e a N com Sanguinhedo de Maçãs. Aqui podemos encontrar o Cruzeiro datado do séc. XIX com características ímpares, bem como a fonte com lavadouros públicos, esta datada de 1948. Recentemente foi aí criado um parque de merendas de onde pode ser desfrutada uma magnífica paisagem.
Vilarinhos
Vilarinhos é uma das aldeias mais pequenas da freguesia. Esta aldeia está situada entre as povoações de Vilar e Folgosa. Vilarinhos vive essencialmente dos produtos agrícolas. O casario em pedra existente no núcleo da povoação é agradável de visitar, não só pela dimensão das casas, mas também pelas ruas estreitas que a atravessam.
Folgosa
Localizada na zona mais alta do território de Lordosa, confronta a NE com Vilar, a NW com Quinta do Salgueiro, a W com Fermentelos e SW com o Bairro de Santo António. Com esta aldeia confrontam ainda os limites das freguesias de Cepões, Abraveses, Campo e Mundão. Famosa pelas suas águas, existe em Folgosa uma fonte que atrai pessoas de várias localidades para se refrescarem e levarem a água leve e fresca que cai na sua bica. A sua água encaminha-se para um tanque público (recentemente requalificado), onde antigamente os habitantes lavavam as suas roupas. Destaca-se ainda o cruzeiro em pedra junto à referida fonte. São Bartolomeu (Apóstolo de Jesus), é o Santo Padroeiro da aldeia, sendo comemorado a 24 de agosto. Folgosa integra o aeródromo Municipal “Gonçalves Lobato” (Primeiro-Sargento mecânico que morreu num acidente aéreo neste local em 06 de junho de 1935). Esta importante infraestrutura faz parte da rede secundária de aeródromos nacionais. Integrado no programa da Feira de S. Mateus, realiza-se anualmente e no mês de agosto, o festival aéreo do aeródromo de Viseu que reúne dezenas de aeronaves e milhares de forasteiros.
Bairro de Santo António
O Bairro de Stº António é a localidade mais recente da freguesia. Teve origem na expansão de Folgosa e Fermentelos. As suas gentes, maioritariamente emigrantes, sobretudo na Europa Central, acabaram por construir ali as suas habitações e formaram o aglomerado que se estende ao longo da estrada do Aeródromo no sentido Nascente – Poente e que termina na capela de Stª Eufémea (património da freguesia), onde é comemorada a 16 de setembro. A designação desta localidade teve origem nas construções que envolvem a famosa Capela de Stº António da Serra, onde se comemora o Padroeiro, em arrojadas festas, a 13 de junho.
Fermentelos
É uma das Povoações mais centrais da Freguesia. Confronta a Sul com Lageosa, a Nascente com a Qtª do Salgueiro, a Norte com Folgosa e a Poente com Casal Gozo. Destaca-se da sua história uma grande tradição na criação de gado caprino e ovino. Ainda hoje, podemos observar alguns rebanhos que fazem as pastagens na zona do Stº António da Serra. Nesta aldeia sobressai ainda o Caminho interior de Santiago que atravessa a freguesia de Lordosa.
Quinta do Salgueiro
Aldeia situada também na zona central da freguesia, parte de poente com Fermentelos e Lageosa. A Quinta, como é conhecida, é a povoação mais pequena da freguesia, donde se destaca o cruzeiro ali situado pela sua singularidade.
Lageosa
Nesta aldeia existe uma Vila Romana, situada no lugar de Alagoa (coordenadas GPS 40º 44′ 40″ – 01º 14′ 30″; altitude de 600m). É uma encosta virada a Sudoeste com terrenos de cultivo, vinhas e árvores de fruto, onde terão sido encontrados vários objetos, como o caso de um vaso de cerâmica que se encontra no Museu da Assembleia Distrital, pedras almofadadas, bases de colunas e tégulas. Com o decurso do tempo e o fluxo da emigração, esta aldeia foi-se expandindo para poente da EM 568 (estrada que liga o Aeródromo a Bigas), sendo o seu interior o núcleo antigo, composto por habitações, essencialmente de construção granítica, e por ruas calcetadas e de paralelo assente à fiada. O Padroeiro de Lageosa é S. Martinho. A par dos seus habitantes, o Padroeiro foi destacado pela sua generosidade e humildade, aliadas a uma enorme fama de milagreiro e que fizeram dele um dos santos mais queridos da população, sendo comemorado a 11 de novembro.
Quintãs
Aldeia tipicamente construída em granito, confronta de SW com Lageosa e NE com Bigas, sendo também uma aldeia pequena e consequentemente com poucos habitantes. Nesta aldeia, viveu o conhecido “Zé das Pipas”, tanoeiro da região, que com o seu saber construiu muitos carros de bois e muitas pipas que serviam para armazenar o vinho produzido na região.
Bigas
A povoação de Bigas começou por ser denominada por Bigos. Bigos era um carro romano de duas ou quatro rodas, puxado por dois cavalos. Diz o povo que esta povoação tem esta designação devido à mudança de quatro para dois cavalos nos carros romanos. Integram o seu património a fonte de Bigas, datada de 1912, onde a população se abastecia de água potável e, ainda, a Capela da Nossa Senhora das Necessidades que realiza a sua festa anual no dia 15 de agosto. Esta povoação esteve sempre ligada ao Rio Vouga, nomeadamente através dos moleiros. Neste lugar, existem as poldras que permitiam a ligação a pé à povoação de Póvoa de Calde (freguesia de Calde). Esta aldeia, está localizada no centro da Freguesia e é atravessada pela EN 2, que nos liga à sede do Concelho.
Casal Gozo
Casal Gozo é uma das povoações mais antigas da freguesia. Em tempos idos, contava com a tradição de, no mês de maio, serem pagos 200 reis aos senhorios ou à rainha. A capela de Santa Eufémia situa-se longe da povoação, porém, a sua proximidade da Igreja Paroquial permitia o culto por parte dos seus habitantes. Desta aldeia destaca-se o Padre Álvaro Alexandre de Magalhães, pela sua dedicação aos mais desfavorecidos, trabalhando sempre em favor de toda a comunidade, tendo sido Pároco de Lordosa entre os anos 1931 e 1963.
Paçô
Paçô é uma das povoações que nos últimos anos contou com um grande crescimento populacional. Localizada entre a EN 2 e Galifonge, viu crescer a sua construção habitacional ao longo da estrada Municipal que é o acesso principal da aldeia e que tem ligação à freguesia de Ribafeita. A emigração, a partir das décadas de 60 e de 70, foram o motivo principal deste crescimento. No interior velho da aldeia, e a par das suas artérias, de construção granítica, existe a fonte de Paçô, requalificada recentemente, mas datada de 1941 e ainda um cruzeiro que remonta a 1903. Os seus habitantes foram conhecidos pelas suas habilidades no trabalhar da pedra, podendo até classificar-se como os melhores canteiros do Concelho. Tem os seus festejos populares a 24 de junho, em honra do São João que é o seu Padroeiro.
Galifonge
Galifonge é a aldeia localizada a poente da freguesia. Os acessos rodoviários a esta povoação são três: pela povoação de Paçô (esta com acesso direto à EN 2), por Ribafeita com quem confronta o limite de freguesia e, ainda, pela designada estrada do Piaget. Destacamos o Instituto Jean Piaget, com variedade de cursos e frequentado por jovens das regiões envolventes, incluindo parcerias ao nível da formação com os países africanos e também com os jovens da nossa freguesia. Em Galifonge situa-se também o Complexo Desportivo de Lordosa, com piso sintético e iluminação, que serve toda a nossa população, em especial os mais jovens. Na área da arqueologia e no sítio conhecido por Outeiro de Campas (coordenadas GPS 40º 44′ 35″ – 07º 56′ 13″; altitude de 535m), encontram-se duas sepulturas executadas em lajes de granito mole, com forma antropomórfica e fundo inclinado, tornando mais alta a cabeceira que os pés. O acesso de Galifonge a Paraduça atravessa o Rio Vouga com uma vista espetacular (coordenadas GPS 40º 45’ 25” – 7º 55’ 57”) e uma Ponte Romana. O St.º António e a Sr.ª da Ajuda são os Padroeiros da aldeia de Galifonge, celebrando-se, respetivamente, a 13 de junho e a 15 de agosto. Todos os sábados é celebrada a missa vespertina.